No próximo dia 10 de Novembro, assinalam-se os 100 anos do nascimento de Álvaro Cunhal, momento em que é justo relembrar o seu contributo na luta contra a ditadura fascista, contra a fome e a miséria do povo português, pela liberdade e o direito a uma vida melhor, tendo por horizonte eliminar a exploração do homem pelo homem.
Comemorar o Centenário do Nascimento de Álvaro Cunhal é ter presente a sua vida, pensamento e luta um exemplo que se projecta na actualidade e no futuro.
Álvaro Cunhal, convicto de que só a luta dos trabalhadores e do povo podem gerar as condições de ruptura e mudança, foi um combatente incansável pela unidade como condição para a realização da luta e pela organização, sem a qual, como demonstrou, não há vitória possível.
A orientação de levar a luta reivindicativa para as empresas e locais de trabalho, foi determinante não só para a sua elevação para níveis superiores, mas também para forçar o patronato e o governo à negociação colectiva.
Hoje, esta orientação mantém total actualidade e imperativo, tanto mais que nos locais de trabalho a par da luta por melhores salários, é preciso lutar contra a precariedade e contra a tentativa de supressão de direitos e garantias.
Não só Álvaro Cunhal, como tantos e tentos militantes e milhares de trabalhadores lutaram e sofreram para alcançar e consagrar direitos que hoje nos querem pôr em causa, por isso, no Centenário do seu nascimento é oportuno ter presente que na sua vida e na sua luta, mesmo nas mais adversa condições, nunca perdeu a confiança num futuro de liberdade e de progresso e na acção colectiva dos trabalhadores e do povo para a alcançar.
Comemoremos, pois, o Centenário de Álvaro Cunhal, reforçando a organização, a unidade para impulsionar a luta de massas par derrotar a política de desastre nacional e substitui-la por uma nova política visando um Portugal soberano que promova o desenvolvimento económico, social e cultural dos trabalhadores e do povo português.
Textos mais desenvolvidos:
– Álvaro Cunhal, a organização e a luta dos trabalhadores
– Álvaro Cunhal, o Partido e os sindicatos