Ficamos sem Jovens e sem Futuro

A propósito do Desemprego em especial entre os Jovens.

O desemprego é a consequência mais gravosa das políticas nacionais, impostas pela troika, a que chamamos “pacto de agressão”.

Atinge profundamente os jovens, mesmo aqueles que têm formação qualificada. É acompanhado de trabalho precário, desqualificado, sem direitos e com baixos salários.

O estrangulamento financeiro das autarquias, também da nossa, diminui o investimento das Câmaras com reflexos mais marcantes nas regiões do interior. Isto levou a uma onda de emigração, em especial dos jovens, que hipoteca o seu futuro e também o da nossa região. São estas as consequências das políticas do Governo PSD/CDS.

Se a este quadro negro acrescentarmos a introdução das portagens da A24, o fim dos benefícios fiscais no IRC das empresas do interior e o encerramento dos serviços públicos, percebemos melhor como chegámos até aqui.

É com a modificação das políticas nacionais, passando a dar prioridade ao crescimento económico, à criação de empregos com direitos e a medidas de discriminação positiva das regiões do interior, que podemos criar emprego, também para os jovens. Nesse sentido, o combate à economia paralela ou clandestina é uma prioridade.

É acabando com o estrangulamento financeiro das autarquias, que possibilitamos a retoma do investimento da Câmara, estimulando assim a criação de novos empregos.

Entendemos que só o desenvolvimento de um tecido empresarial de pequenas e médias empresas, profundamente ligado às especificidades da região, cria uma malha sustentável de emprego. Projetos ligados ao ambiente e ao turismo, aproveitando os nossos recursos naturais, históricos e culturais. Com projetos de produção agroindustrial podemos transformar localmente os produtos agrícolas, aumentando a certificação e a distribuição de produtos de qualidade fora da região.

É necessário investir nas actividades produtivas! É necessário produzir para desenvolver!

É papel da autarquia, criar um gabinete de apoio a estes projetos, que ajude a analisar a sua viabilidade, a ultrapassar as barreiras da burocracia e a ter acesso a fundos de financiamentos. Um gabinete que produza textos, projetos, estudos que possam ser utilizados em empreendimentos que aproveitem as nossas riquezas.

Esse gabinete tem de congregar o conhecimento e o trabalho de muitos dos jovens qualificados que o concelho possui, apostando com coragem na sua criatividade e entusiasmo.

A área de apoio social, em especial aos idosos espalhados por todo o concelho tem de envolver jovens, permitindo uma interação entre gerações.

Sem mudarmos de políticas nacionais e locais, não podemos inverter o atual ciclo negro de desemprego, empobrecimento e emigração dos mais jovens. Se não o fizermos, é a viabilidade da região que fica em causa. Ficamos sem jovens e sem futuro!

A Coordenadora CDU – Distrito de Vila Real

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