Intervenção de Jorge Humberto, Membro da Direcção da Organização Regional de Vila Real e do Comité Central do PCP.

O nosso Distrito perdeu nesta primeira década do Século XXI tanta população como nas quatro décadas anteriores. Esta tendência é consequência da falta de investimento em sectores produtivos como a Agricultura e a Industria e da política de destruição de serviços. Situação que tem contribuído para: a redução do emprego, a emigração de jovens, a quebra acentuada dos rendimentos das populações, o aumento da pobreza e para as dificuldades crescentes no acesso à saúde, à educação e à segurança social.

O desemprego assume, uma dimensão avassaladora e trágica: são mais de 14 mil trabalhadores desempregados (17%), em resultado do fecho nos últimos 4 anos de 6000 empresas de Comércio e Industria, mas também do abandono de explorações agrícolas.

O governo de uma forma cega, fechou 442 Serviços Públicos, (381 escolas, 10 Postos de Correios, 45 Extensões de saúde, 1 Bloco de Partos, e 5 Tribunais). A introdução de Portagens nas SCTU’s, originou enormes prejuízos às economias locais, onerando as empresas e populações, com consequências ao nível do Turismo e do emprego, na desertificação e despovoamento. Nós alertámos. Nós Lutámos, desde o primeiro momento.

Hoje, o PS, o PSD e o CDS, já nem se atrevem a falar em discriminação positiva. É preciso fazer sacrifícios, dizem eles, então há que fechar mais serviços públicos, porque os tempos são de crise. Temos combatido esta ladainha, com as forças que temos. As políticas conduzidas pelos sucessivos governo, sacrificaram a Agricultura e quase extinguiram a Indústria, contribuindo para uma violenta acentuação das desigualdades e injustiças sociais: A diminuição do poder de compra (67% da média nacional) e a baixa dos salários (83% da média nacional).

O Mundo rural, a pequena e média agricultura e a agricultura familiar, estão a braços com graves dificuldades. Os rendimentos dos Agricultores diminuem a cada dia que passa, espremidos entre o aumento especulativo dos custos dos factores de produção, para o qual também contribuiu o aumento dos impostos, os cortes nos apoios ao investimento e o esmagamento dos preços à produção.

Camaradas, continuamos a afirmar com optimismo, que o nosso Distrito tem recursos que permitem relançar o seu desenvolvimento económico e social. É preciso uma política que corrija as desigualdades e injustiças sociais, é preciso recentrar o desenvolvimento nas pessoas, pôr a Região a Produzir e distribuir a riqueza criada de uma forma mais justa para os que trabalham.

São indispensáveis políticas de investimento, que estruturem o território, combatam o despovoamento e a desertificação e reduziam os elevados níveis de desemprego. Garantir uma vida digna às populações, defender os seus direitos, acabar com a degradação económica e social é um caminho pelo qual continuaremos a Lutar e do qual não abdicaremos.

 

VIVA XIX CONGESSO DO PCP!

VIVA O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS!

 

Partilhar

Esta entrada foi publicada em Artigos de opinião. ligação permanente.